A Gestão e Financiamento de Serviços
da Ater Pública foi o tema central do 4º painel do XI Congresso Nacional dos
Trabalhadores de Assistência Técnica e Extensão Rural do Setor Público –
Extensionista Ruy Carlos Ramos, discutido na manhã de hoje (21/11), no Centro
de Convenções de Pernambuco. A mesa redonda, que atraiu delegações de vários
estados brasileiros, contou com as participações da assessora técnica do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adriana Gregolin, e do presidente
do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e da Associação Brasileira das
Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Júlio
Zoé de Brito.
Durante a palestra, a representante
do MDA ressaltou a importância da Política Nacional de Ater (Pnater) para o
fortalecimento da agricultura familiar, destacando que muitos avanços ainda
devem ser alcançados na implantação de um sistema de Ater, gratuita e de
qualidade, para as 4,8 milhões de famílias que vivem no campo, em todas as
regiões do país. “A universalização da assistência técnica e da extensão rural
pública, no Brasil, é uma preocupação do Governo Federal e, para que ela ocorra,
é necessário vencer sete grandes desafios, dentre eles a acessibilidade ao
crédito, a organização das cooperativas e associações, além de uma preocupação
especial com a sustentabilidade”, afirmou.
Adriana Gregolin ratificou, ainda,
que questões como a agroecologia e a sustentabilidade, têm que sair das
fronteiras do campo e serem entendidas pela população dos centros urbanos, além
da necessidade de se criar um equilíbrio nas relações de raça, gênero e etnia.
Ao final, ela destacou que as chamadas públicas, apesar da necessidade de uma
série de ajustes, foi um avanço no sistema de Ater, uma vez que 60% dos
agricultores familiares atendidos estão justamente nos estados do Nordeste.
“O extensionista rural precisa ser
visto como um educador”, com essas palavras, o presidente do IPA e da Asbraer
ratificou a importância do fortalecimento de uma Ater Pública e de qualidade no
país que venha a atender as reais necessidades dos agricultores familiares, em
todo o Brasil, respeitando as vocações e as peculiaridades regionais. Ele
reconheceu os avanços alcançados pelos serviços da assistência técnica e
extensão rural nos mais diversos estados brasileiros, mas frisou a importância
de que pesquisa e extensão caminhem juntas, de forma a atender as vocações
específicas de cada localidade.
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