Senador defende papel mais firme do Congresso, mais investimentos em inteligência e em escolas regionais para formar policiais
Em discurso no Congresso, o senador Armando Monteiro mostrou dados alarmantes sobre a segurança pública nacional. O Mapa da Violência 2011, produzido pelo Ministério da Justiça, aponta que o País, com 3% da população mundial, é responsável por 12% dos homicídios no mundo. Outro número citado pelo senador mostra que a taxa de homicídios no Brasil cresceu 32% nos últimos quinze anos. “E a violência atinge de forma mais expressiva os jovens brasileiros, na idade entre 15 e 24 anos”, lamentou.
Apresentando propostas para o aperfeiçoamento do sistema de segurança no país, Armando lembrou da existência de programas importantes, que tem proporcionado avanços na área, a exemplo do Pacto pela Vida, em Pernambuco. Ele pontuou que após 14 anos o Estado deixou de liderar o grupo dos mais violentos do País. “O programa, que vem sendo levado a efeito pelo governador Eduardo Campos, apresenta resultados muito expressivos. O foco em estratégias diferenciadas de segurança pública tem rendido bons frutos”, reconheceu.
Como membro titular da Subcomissão Permanente de Segurança Pública, recém criada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, Armando disse que irá propor a criação de uma comissão específica para acompanhar as ações das Forças Armadas em segurança pública. Ele ressaltou que os militares tiveram um "papel vital" na ocupação de áreas dominadas pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
O senador alertou, entretanto, que, para aumentar o poder de polícia das Forças Armadas, é preciso reforçar o papel do Congresso Nacional, e particularmente do Senado, na fiscalização de suas ações na segurança pública, além de criar um canal de diálogo e de acompanhamento dessas ações.
Armando sugeriu ainda o aprimoramento do sistema de inteligência policial no combate ao crime organizado e ações coordenadas das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal nas fronteiras brasileiras, principalmente na repressão ao tráfico de drogas. Propôs também que o governo federal apoie a criação de escolas regionais para a formação de policiais.
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