O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, anunciou na Agrinordeste , que acontece até hoje (02), no Centro de Convenções, o lançamento, em outubro, de um programa de incentivo à cadeia produtiva da caprinovinocultura. O anúncio foi feito durante a demonstração de procedimentos de inseminação artificial em caprinos, realizada pela Unidade de Móvel do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), no Agrinordeste, que acontece até hoje, no Centro de Convenções. As novas ações serão direcionadas à melhoria genética do rebanho pernambucano, o que trará ganhos significativos de produtividade na produção de carne e leite.
O programa está dividido em duas linhas de atuação. Inicialmente, unidades móveis de inseminação artificial, coordenadas pelo médico veterinário do IPA, Paulo Nogueira, irão capacitar os produtores a realizarem procedimentos padrão da técnica. As doses de sêmen, que custam entre R$12,00 e R$ 25,00, serão distribuídas aos pecuaristas de base familiar, elevando o padrão genético dos rebanhos do Sertão e do Agreste. A estimativa é que cada unidade atenda seis propriedades por mês.
Entre 2012 e 2013, o Governo do Estado entregará aos produtores 6,4 mil caprinos e ovinos. As ações beneficiarão 200 associações de pequenos pecuaristas que ficarão com os animais durante dois anos, devolvendo-os após este prazo. Cada entidade receberá 30 matrizes e dois reprodutores das raças santa inês, bôer, doper e anglo nubiana.
De acordo com Ranilson Ramos, o programa pretende, ainda, aumentar o rebanho de caprinos e ovinos do Estado, possibilitando o atendimento da demanda reprimida do país. Atualmente o consumo per capita brasileiro é de apenas 400g por pessoa/ano. “Com as ações a serem implementadas, esperamos elevar o número de animais, estimado hoje em 3,2 milhões, sendo 1,6 milhão de caprinos e 1,6 milhão de ovinos”, acrescentou.
O secretário disse ainda que o Semiárido pernambucano tem uma vocação natural para a caprinovinocultura, no entanto, é necessário promover o melhoramento genético do rebanho de forma que venha atender ao crescente mercado, sobretudo de carne, em face da corrida por carne vermelha com baixo teor de gordura. Já o coordenador do programa, Paulo Nogueira, afirmou que os trabalhos vão assegurar, além do atendimento de parte da demanda reprimida, a segurança alimentar e nutricional da população que terá a sua disposição uma fonte saudável e mais barata de carne e leite.
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