Na manhã do dia 11 o presidente do
Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Júlio Zoé de Brito, acompanhado por
técnicos da instituição, reuniu-se com os representantes da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), Rômulo Menezes, e do Instituto Tecnológico de
Pernambuco (ITEP), Frederico Montenegro, Geraldo Eugênio e Ana Rita Drummond,
na Estação Experimental do IPA, em Itapirema, município de Goiana, para
apresentar as pesquisas e potencialidades da cultura do dendezeiro e definir
ações estratégicas de fomento à produção da cadeia produtiva. As pesquisas são resultado
do projeto “Introdução do Cultivo do Dendê Como Alternativa para Produção de
Biodiesel no Estado de Pernambuco”, que teve início em 2009, sendo instalados
em Itapirema, sete materiais genéticos de dendê, dos mais promissores.
Melhoramento genético - De acordo com o
presidente do IPA, esses materiais vieram para Pernambuco, por meio da Embrapa
Amazônia Ocidental e com a aprovação do projeto, em 2010, foram implantados os primeiros
experimentos nas Estações de Vitória de Santo Antão, Itambé e na Escola Técnica
Estadual (ETE), de Palmares. “É preciso estudar, avaliar e introduzir
atividades que sejam sustentáveis e de densidade econômica, principalmente,
para os pequenos produtores. Por isso, nós estamos avaliando os materiais de
dendê promissores quanto à produtividade, precocidade e resistência à doença
conhecida como amarelecimento fatal”, acrescentou Júlio Zoé.
A
comercialização do dendê, normalmente, só passa a ser economicamente rentável a
partir do sétimo ano. No entanto, esses novos materiais mais precoces,
originários da Amazônia, permitem que a colheita seja realizada a partir do
quarto ano. A comercialização do dendê pode gerar uma renda líquida mensal
superior a R$ 1.500,00 por cada 10 hectares cultivados, permitindo, também, uma
receita adicional com o consórcio de culturas de subsistência.
Durante a reunião foram discutidos e encaminhados o
que cada entidade representada deve viabilizar a fim de implantar ações de
aproveitamento integral e de estímulo à produção e comercialização do fruto,
considerado a palmeira oleaginosa mais propícia à exploração econômica em
regiões quentes e úmidas.
Segundo
o coordenador do projeto e técnico do IPA, Sérvulo Siqueira, na Estação de
Itapirema, as primeiras mudas, que foram plantadas em 2009, já apresentam
inflorescência e frutificação, que são requisitos básicos para uma boa colheita,
informou Sérvulo. “Confesso que estou surpreso em ver essas plantas em boas
condições, mesmo com o longo período de seca que o Estado vem enfrentando”,
disse o presidente do ITEP, Frederico Montenegro.
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