“Eu nunca
imaginei que 26 anos depois eu fosse receber esse título que eu deixei
lá
atrás, porque optei pela política. Eu escolhi fazer doutorado junto com o
povo,
com o grande mestre da política Miguel Arraes”.
As palavras são do
governador Eduardo Campos que nesta sexta-feira (27) recebeu o título de
Doutor
Honoris Causa concedido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE)
em reconhecimento ao seu trabalho como Ministro da Ciência e Tecnologia
(MCT)
do Governo Lula nos anos de 2004 e 2005.
O evento reuniu uma
expressiva representação da comunidade acadêmica, além de empresários,
políticos, familiares e amigos do homenageado. O título de Doutor
Honoris Causa
é concedido à personalidades que se distinguiram pelo saber, ou pela
atuação em
prol das artes, das ciências e também do melhor entendimento entre os
povos.
A homenagem,
realizada no Salão Nobre da Universidade, foi presidida pelo reitor da
UFRPE,
Valmar Corrêa de Andrade. “O senhor investiu na educação e na tecnologia
da informação. Nós estaremos sempre do seu lado”, disse o reitor ao
governador, antes de entregar-lhe o certificado.
A proposta do título
foi das professoras Helena Simões (Departamento de Morfologia e
Fisiologia
Animal) e Maria Mascena Diniz (Departamento de Biologia). “Nunca tivemos
um ministro tão próximo da vida acadêmica. Eu estava na Universidade
Federal do
Paraná quando um professor começou a comentar que estava impressionado
com a
atuação do Ministro da Ciência e Tecnologia, daí surgiu a ideia”,
lembrou
Helena.
Já devidamente
vestido com a samarra e o capelo azul (cor que representa as ciências
sociais,
exatas e da natureza), Eduardo lembrou de sua atuação à frente do MCT
quando
criou o programa de Biossegurança, liberando os estudos com
células-tronco, e a
Lei de Inovação Tecnológica, que diminuiu o abismo entre as empresas e
os
centros de pesquisas, entre outras iniciativas.
Depois destacou a
parceria do Governo de Pernambuco com a comunidade acadêmica em
trabalhos como
o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit),
da
própria UFRPE. Ele afirmou que o maior desafio é fazer com que a
pesquisa saia
das pranchetas e melhore a vida das pessoas.
“É preciso
compreender a produção do conhecimento e o próprio conhecimento não como
um fim
em si mesmo, mas como algo que em última instância deve, acima de tudo,
servir
ao homem”, cravou.
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