Roberto Pereira ,Ex-secretário de Educação e Cultura do Estado de Pernambuco robertop@elogica.com.br.
O insigne homem público Joaquim Francisco, cuja trajetória na vida pública é marcada pela honradez, pela competência, pelo ideário democrático e pela vocação de servir às causas sociais sem delas se servir, nessa esteira ocupou os cargos de secretário de Estado, por duas vezes prefeito do Recife, governador de Pernambuco, deputado federal, ministro de Estado, avultando nele, desde cedo, a extremada dedicação à consecução de obras e iniciativas, visando o desenvolvimento autossustentável, capaz de promover as melhorias de vida de sua gente, uma das suas sensibilidades e obstinações.
O insigne homem público Joaquim Francisco, cuja trajetória na vida pública é marcada pela honradez, pela competência, pelo ideário democrático e pela vocação de servir às causas sociais sem delas se servir, nessa esteira ocupou os cargos de secretário de Estado, por duas vezes prefeito do Recife, governador de Pernambuco, deputado federal, ministro de Estado, avultando nele, desde cedo, a extremada dedicação à consecução de obras e iniciativas, visando o desenvolvimento autossustentável, capaz de promover as melhorias de vida de sua gente, uma das suas sensibilidades e obstinações.
Impressiona não somente ele ser um tocador de obras, mas também a sua
 nítida e reconhecida percepção de que somente a pedra e cal não fazem a
 cidade, não emolduram o Estado. Estes espaços são povoados por pessoas 
que desejam ser gente e agente do processo de desenvolvimento.
É aí que vem a sua humana ansiedade, quando ele entende ser 
necessário investir na cultura, levando ao povo a nossa história e as 
nossas tradições, abrindo espaço e janelas de oportunidades aos artistas
 da nossa gleba. Não foi à toa que o seu último ato enquanto governador 
foi entregar, na Praça da República, o monumento em homenagem à 
Revolução Republicana de 1817, que teve em Abelardo da Hora o seu 
escultor e idealizador. Também pela arte e talento de José Pimentel 
levou às ruas o espetáculo O Calvário de Frei Caneca, uma aula a céu 
aberto.
O Festival de Inverno de Garanhuns tem a marca de Joaquim Governador,
 e ainda hoje perdura pelo reconhecimento dos governos sucedâneos à 
importância desse evento que une arte e cultura, promovendo oficinas 
literárias levadas aos professores e, separadamente, aos estudantes.
Quando prefeito, ainda hoje está na memória do recifense o projeto A 
Arte é do Povo, que, levado às comunidades, se realizava sob o manto da 
alegria e da tranquilidade. Aqui, Joaquim também recomendava a prática 
dos cursos e oficinas, consoante a demanda solicitada por cada 
comunidade.
Joaquim entende a cultura também como um exercício da cidadania. Daí a
 preocupação com o aprendizado, a abertura de mercado aos nossos 
artistas e a inclusão social. Restaurou os nossos teatros, criou 
projetos para que todos tivessem as suas oportunidades e o povo sempre 
ganhasse com esses cometimentos. Foram muitos os projetos, dentre os 
quais as Caravanas Culturais, o Sou Mais Recife, Corrida das Pontes, sem
 falar nos carnavais e ciclos juninos espetaculares que levou à nossa 
gente. No seu governo, por exemplo, o Galo da Madrugada pela primeira 
vez desfilou em Caruaru, apesar do antagonismo político com o então 
prefeito da Capital do Agreste, o nosso vice-governador, João Lyra Neto,
 outro grande da nossa vida pública.
Cultura não deve ter coloração partidária, exclama Joaquim Francisco. Discordar quem há de?
Cultura não deve ter coloração partidária, exclama Joaquim Francisco. Discordar quem há de?
Por DIARIO DE PERNAMBUCO

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