Fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação do setor
de software e serviços na área de Tecnologia da Informação (TI). Com
este objetivo o governador Eduardo Campos e ministro de Ciência, Tecnologia e
Inovação, (MCTI), Marco Antonio Raupp, assinaram acordo de cooperação para
o desenvolvimento das ações do Programa Estratégico de Softwares e Serviços de
Tecnologia da Informação, o TI Maior. A solenidade aconteceu na manhã desta
sexta-feira (24), na sede provisória do Governo, no Centro de Convenções.
O programa TI Maior vai investir, entre 2012 e 2015, cerca de R$
500 milhões em todo o Brasil. O valor destinado ao estado, entretanto, ainda
não foi definido. O acordo com Pernambuco prevê a atuação em quatro
frentes: Ecossistemas Digitais, qualificação profissional em TI, computação em
nuvem e fomento às start-ups e aceleradores de pesquisa.
Entusiasmado, o governador Eduardo Campos assegurou que estará
empenhado em “potencializar cada Real” investido pelo Governo
Federal. “Temos áreas que ganham excelência, classe mundial e também
cabeças de rede importantes de pesquisa em áreas estratégias. E nós queremos
que esse potencial nosso seja também um potencial do Brasil”, disse
Eduardo.
No que diz respeito aos Ecossistemas Digitais, o Governo Federal
fará um aporte financeiro de R$ 431 milhões com os Estados parceiros.
Pernambuco receberá recursos para investir nas áreas de computação em nuvem,
segurança da informação, mobilidade, games, entre outros.
Já nas ações em qualificação profissional em TI, Pernambuco será
contemplado com 1.200 vagas para capacitar estudantes do ensino médio e
profissionalizante. A expectativa é formar no estado, até 2014, mais de
três mil profissionais na área. Quando o assunto é computação em nuvem, as
ações do TI Maior já estão em andamento em Pernambuco, um dos dois estados (o
outro é o Maranhão) escolhidos para abrigar um supercomputador. O equipamento armazenará a central de
dados da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
responsável pelo tráfego de informações de 600 instituições de ensino no País.
A vinda do equipamento foi anunciada no último
dia 05 de janeiro deste ano pelo então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio
Mercadante, em solenidade realizada no Palácio
do Campo das Princesas. A máquina, que ficará na Universidade Federal de
Pernambuco, conta com 1.200 processadores que, juntos, são capazes de analisar
até 04 Petabytes de dados, o equivalente a quatro milhões de gigabytes.
Por fim, o TI Maior investirá no fomento às
start-ups e aceleradoras de pesquisa com foco em empresas de software e
serviços. “Isso trata da renovação da economia. Nós estamos falando
da reescrita dos próprios fundamentos da geração, agregação e captura de valor
na economia. Isso vai ter impacto por anos e anos no futuro”, comemorou Silvio Meira, presidente
do Conselho Administrativo do Porto Digital e cientista-chefe do C.E.S.A.R.
Em sua primeira visita oficial a Pernambuco, o ministro Raupp
elogiou a contribuição que o estado tem dado ao setor de TI e defendeu a
descentralização das ações e investimentos em Ciência e Tecnologia. “Para
ser eficiente e termos uma política de estado em Ciência e Tecnologia não
podemos decidir sobre a aplicação desses recursos de Brasília, mas sim em
consonância com os órgãos estaduais”, argumentou
Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja
destacou que o estado tem competência acadêmica e empresarial para somar
esforços junto ao TI Maior, programa que, a seu ver, é uma “decisão estratégia”
para consolidar uma política de Ciência e Tecnologia.
Também prestigiaram a solenidade o Reitor da Universidade de
Pernambuco (UPE), Carlos Calado; Anísio Brasileiro, Reitor da UFPE;
além de Frederico Montenegro, Presidente do Instituto de Tecnologia de
Pernambuco e Francisco Saboya, diretor-presidente do Porto Digital.
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