Violência e falta de saneamento são para o senador Armando Monteiro grandes desafios a serem vencidos
Brasília
– Depois de elogiar os pontos positivos das gestões dos ex-presidentes
Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Armando
Monteiro (PTB-PE) disse, em discurso no Plenário do Senado, que o
desafio agora é olhar para a frente e verificar qual a nova agenda do
País. ”O Brasil avançou de forma significativa nos últimos 16 anos, mas
tem muitos desafios pela frente”, frisou.
Como
ponto positivo da gestão de Fernando Henrique, Armando Monteiro
destacou a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Já com relação ao
governo Lula, o senador lembrou os avanços na área social e a
importância da decisão do ex-presidente de resistir a apelos de diversos
setores e manter elevação da taxa de juros durante onze meses para
evitar o recrudescimento da inflação.
“O
presidente Lula, com absoluta responsabilidade, endossou a posição do
Banco Central, que naquele momento optou por uma posição de
responsabilidade, de manutenção dos pilares fundamentais de política
macroeconômica,” explicou.
Com
relação aos novos desafios o senador destacou a crescente violência, a
falta de saneamento e a necessidade de reforma na legislação do ICMS e,
consequentemente, o fim da guerra fiscal.
“Vejo
com tristeza a questão do saneamento. Como um País, que teve tantos
recursos, inclusive para ampliar o gasto público de forma
extraordinária, pode conviver ainda com nível de cobertura que tem
reflexo direto na saúde pública do nosso povo”? Há capitais brasileiras
em que apenas 10,12% das residências são atendidas por saneamento.
O
senador também destacou pontos importantes do governo Dilma. Segundo
Armando, a presidente está contribuindo para a redução dos custos
sistêmicos da economia brasileira, o que fará com que a indústria
aumente sua competitividade e possa produzir mais.
O
discurso de Armando Monteiro foi acompanhado pelo senador Romero Jucá
(PMDB-RR), líder dos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma. Jucá
disse estar de acordo com Armando Monteiro, que os dois governos tiveram
pontos positivos que proporcionaram mudanças significativas no País,
mas que agora é preciso criar uma agenda para o futuro.
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