Um político que fez uma vida pública
com grande amor à liberdade e à democracia, que ajudou com grande talento, como
poucos, a transição democrática. As palavras do governador Eduardo Campos
refletem o que foi a vida do ex-deputado e ex-ministro, Fernando Lyra, cujo
velório aconteceu nesta sexta-feira (15/02), na Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe). Em virtude do falecimento do ex-ministro, na quinta-feira
(14/2), o governador decretou luto oficial de três dias.
Eduardo
esteve na Alepe por volta das
15h, onde cumprimentou os familiares e amigos de Fernando Lyra. Depois, o
governador seguiu até o cemitério Morada da Paz, onde houve o
sepultamento. Amigo de Fernando e de toda a família do ex-deputado,
Eduardo participou de toda a cerimônia fúnebre, e confortou as filhas, a
esposa, Márcia Lyra, e o irmão, o vice-governador João Lyra Neto,
traumatizados pela perda.
“A trajetória de Fernando Lyra é
exemplar para a cidadania brasileira. Foi um homem inteiramente dedicado à
causa pública cuja passagem deixou marcas que não serão esquecidas“, disse
Eduardo, lembrando que acompanha o ex-deputado desde que era criança. “Ele foi
um dos primeiros políticos brasileiros que encontrou com meu avô (o
ex-governador Miguel Arraes) no exílio. Fernando foi portador, muitas vezes, de
notícias para a minha família. Para a parte da minha família que estava aqui,
ele levava correspondência, trazia correspondência, protegido pela imunidade
parlamentar”, relembrou Eduardo.
Natural de Caruaru, Fernando Soares Lyra faleceu na
quinta-feira, aos 74 anos, após 48 dias internado no Instituto do Coração (Incor),
em São Paulo, com infecção urinária e problemas cardíacos. Formou-se em Direito
em 1964, ano em que teve início a ditadura militar no Brasil. Dois anos depois,
ingressou na vida pública, sendo eleito para o único mandato de deputado
estadual. A partir de 1970, foi eleito deputado federal por sete vezes
consecutivas, com papel de destaque na luta pela redemocratização. Entre 1985 e
1986, foi ministro da Justiça, colaborando diretamente para o fim da censura no
País. Seu último cargo público foi o de presidente da Fundação Joaquim Nabuco
(Fundaj), o qual ocupou entre 2003 e 2011. Fernando Lyra deixa esposa, Márcia
Lyra, e três filhas.
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