sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Eduardo conforta família e diz que vida de Fernando Lyra é modelo para o Brasil‏

Um político que fez uma vida pública com grande amor à liberdade e à democracia, que ajudou com grande talento, como poucos, a transição democrática. As palavras do governador Eduardo Campos refletem o que foi a vida do ex-deputado e ex-ministro, Fernando Lyra, cujo velório aconteceu nesta sexta-feira (15/02), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em virtude do falecimento do ex-ministro, na quinta-feira (14/2), o governador decretou luto oficial de três dias.

Eduardo esteve na Alepe por volta das 15h, onde cumprimentou os familiares e amigos de Fernando Lyra. Depois, o governador seguiu até o cemitério Morada da Paz, onde houve o sepultamento. Amigo de Fernando e de toda a família do ex-deputado, Eduardo participou de toda a cerimônia fúnebre, e confortou as filhas, a esposa, Márcia Lyra, e o irmão, o vice-governador João Lyra Neto, traumatizados pela perda.

“A trajetória de Fernando Lyra é exemplar para a cidadania brasileira. Foi um homem inteiramente dedicado à causa pública cuja passagem deixou marcas que não serão esquecidas“, disse Eduardo, lembrando que acompanha o ex-deputado desde que era criança. “Ele foi um dos primeiros políticos brasileiros que encontrou com meu avô (o ex-governador Miguel Arraes) no exílio. Fernando foi portador, muitas vezes, de notícias para a minha família. Para a parte da minha família que estava aqui, ele levava correspondência, trazia correspondência, protegido pela imunidade parlamentar”, relembrou Eduardo.

Natural de Caruaru, Fernando Soares Lyra faleceu na quinta-feira, aos 74 anos, após 48 dias internado no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, com infecção urinária e problemas cardíacos. Formou-se em Direito em 1964, ano em que teve início a ditadura militar no Brasil. Dois anos depois, ingressou na vida pública, sendo eleito para o único mandato de deputado estadual. A partir de 1970, foi eleito deputado federal por sete vezes consecutivas, com papel de destaque na luta pela redemocratização. Entre 1985 e 1986, foi ministro da Justiça, colaborando diretamente para o fim da censura no País. Seu último cargo público foi o de presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o qual ocupou entre 2003 e 2011. Fernando Lyra deixa esposa, Márcia Lyra, e três filhas.

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