Empresários da Câmara Setorial das Indústrias estiveram reunidos esta semana para discutir a segurança na região. O encontro contou com a presença de representantes das Polícias Civil e Militar, que solicitaram o apoio da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) para melhorar as condições da segurança no município e em outros 14 que compõem o comando da defesa social na região.
Estiveram presentes na sede da Acic os delegados Salustiano Albuquerque, responsável pela Diretoria Integrada do Interior I; Erick Lessa, coordenador desta Diretoria; Nehemias Falcão, da Delegacia Regional; e o tenente-coronel Marcos Campos, do 4º BPM. Eles mostraram dados estatísticos sobre problemas enfrentados na luta contra a criminalidade e deixaram às claras o objetivo disto. A princípio, a ideia é dividir a atual região em três administrações: um batalhão da PM exclusivo para Caruaru e duas companhias independentes – uma em Bezerros e outra em Agrestina.
De acordo com os policiais, não há mais como organizar todos os 15 municípios, que, juntos, compreendem mais de 600.000 habitantes. “Caruaru é cortada por duas rodovias federais, tem as feiras, alta densidade demográfica e apresenta problemas de zona metropolitana, com cerca de 50% de todas as ocorrências da área. Nesse quadrimestre, até já registramos 60 homicídios no município, um número ainda absurdo. E toda a área é de grande diversidade cultural, tem várias festas aos finais de semana, extensa zona rural e é perto de Alagoas e da Paraíba. Assim, é grande a dificuldade em todas as cidades e isso nos desgasta”, declarou o Tenente-Coronel Marcos Campos.
Ex-presidente e atual integrante do conselho deliberativo da Acic, João Bezerra aproveitou a oportunidade para parabenizar o empenho e a iniciativa das equipes. “Na escala em que íamos, tendo Caruaru crescido 62.000 habitantes nos últimos dez anos, nós teríamos muitos mais homicídios ao ano. Se conseguiram frear a violência, isto é ótimo”, frisou. Para o coordenador da Câmara Setorial de Indústrias, Gerson de Oliveira, “o resultado da conversa foi bastante positivo, porque houve explicações mais claras sobre as dificuldades enfrentadas, além de terem apresentado possíveis diagnósticos. Também é válido destacar a sinceridade no pedido de ajuda da população”.
O papel da Acic, a partir de agora, é cooperar ao lado da sociedade civil organizada, relatando os crimes nos diversos setores de Caruaru e região, sugerindo ações mais efetivas em determinados locais e apontando possíveis falhas. A contribuição pode fazer com que o Governo de Pernambuco atenda à reivindicação, para que a atuação da polícia seja segmentada e atenda aos 15 municípios vizinhos com ainda mais intensidade.
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