O deputado federal João Paulo (PT) considerou-se
“vingado” nesta terça-feira porque a executiva nacional do PT impediu o
prefeito do Recife, João da Costa, de concorrer à reeleição.
João Paulo teve João da Costa como seu assessor e conselheiro
político durante 22 anos e quando se elegeu prefeito da capital no ano
2000 confiou-lhe a Secretaria do Orçamento Participativo.
Graças à força dessa pasta, João da Costa foi eleito deputado
estadual em 2004 mas imediatamente se licenciou do mandato para retornar
à equipe de João Paulo.
Em 2008, João Paulo o indicou para ser o candidato à sua sucessão,
contrariando a vontade do presidente Lula, do senador Humberto Costa e
de vastos segmentos do partido, que não o queriam.
João da Costa se elegeu com cerca de 52% dos votos válidos. Mas com
menos de um ano de mandato se desentendeu com o seu antecessor por
razões que ainda são desconhecidas pelo povo do Recife.
A divergência política virou intriga pessoal, a partir do que João
Paulo passou a trabalhar internamente contra a reeleição do atual
prefeito, obrigando-se a fazer aliança, para derrotá-lo, com seu maior
adversário interno no partido: o senador Humberto Costa.
Nesta terça-feira, em SP, João Paulo assistiu à reunião da Executiva
Nacional do PT em companhia do senador para deixar bem claro perante os
dirigentes quem era o seu candidato preferido. (Inaldo Sampaio)
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