O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), diante
das potencialidades da cultura do dendezeiro, vem desenvolvendo, na Estação
Experimental de Itapirema, em Goiana, ações de aproveitamento integral e de estímulo
à produção e comercialização do fruto, considerado a palmeira oleaginosa mais
propícia à exploração econômica em regiões quentes e úmidas.
De acordo com o
coordenador do projeto “Introdução do Cultivo do Dendê Como Alternativa para
Produção de Biodiesel no Estado de Pernambuco”, e pesquisador do IPA, Sérvulo
Siqueira, em 2009, foram instalados em Itapirema, sete materiais genéticos dos
mais promissores quanto à produtividade, precocidade e resistência à doença
conhecida como amarelecimento fatal.
Esses materiais vieram para Pernambuco, por meio da
Embrapa Amazônia Ocidental. Com a
aprovação do projeto, em 2010, foram implantados os primeiros experimentos nas
Estações de Vitória de Santo Antão, Itambé e na Escola Técnica Estadual (ETE),
de Palmares.
“Na
Estação de Itapirema, as primeiras mudas foram plantadas em 2009 e já apresentam inflorescência e frutificação, que são
requisitos básicos para uma boa colheita”, informou Sérvulo.
Normalmente, a
comercialização do dendê só passa a ser economicamente rentável a partir do
sétimo ano. No entanto, esses novos materiais mais precoces, originários da
Amazônia, permitem que a colheita seja realizada a partir do quarto ano. A
comercialização do dendê pode gerar uma renda líquida mensal superior a R$
1.500,00 por cada 10 hectares cultivados, permitindo, também, uma receita
adicional com o consórcio de culturas de subsistência.
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