segunda-feira, 22 de abril de 2013

Embrapa Petrolina é palco de discussão sobre calendário de ações para reestruturação produtiva do Semiárido‏

Secretários de agricultura dos Estados do Nordeste e representantes do Governo Federal, além de organizações sociais, reuniram-se, hoje (22/04), em Petrolina, para propor a construção de um calendário de atividades com ações emergenciais e estruturantes de médio e longo prazo que permitam uma melhor convivência com os efeitos da estiagem prolongada, assim como definir as responsabilidades das diferentes instituições nos seus diversos níveis.
Estiveram presentes à abertura do Seminário da Embrapa Semiárido, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Gueller e da Agricultura Familiar, Valter Bianchini, além do secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos e o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Júlio Zoé de Brito. 
Na abertura, Ranilson Ramos, propôs que seja elaborada uma agenda se, espaço para adiamento, assegurando a emergência das intervenções ao atendimento da população e do rebanho, sobretudo, as ações estruturantes. Para ele, as ações devem seguir quatro etapas de implementação, a primeira delas a renegociação das dívidas dos produtores rurais, com base na normativa que foi anunciada recentemente pela presidente Dilma Rousseff. A segunda etapa a criação de linhas de financiamentos que permitam a estruturação das propriedades rurais. Só em Pernambuco, 51% das propriedades não têm a menor infraestrutura.
A terceira etapa a ser assegurada é a recuperação das pastagens, para, a partir daí, se chegar a quarta etapa que diz respeito à recomposição dos rebanhos. Ranilson afirmou que, em momentos como este, deve-se contar com tecnologias alternativas e citou as experiências de sucesso implantadas, em Pernambuco, a exemplo do cultivo de milho forrageiro irrigado para a produção de volumoso. “Também estamos investindo na prospecção de 2,5 mil hectares para a implantação de áreas de irrigação comunitária, aproveitando o potencial que cada uma das nossas microrregiões”.
Por fim, Ranilson falou da necessidade de verticalizar as diretrizes previstas na Lei Estadual de Convivência com o Semiárido, nº 14.922, de 4 abril de 2013, assegurando o comprometimento dos governos em todas as suas esferas, desde a federal até a municipal.
O seminário reuniu, além de representantes dos governos Federal e Estadual, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Conselho de Secretários Estaduais de Agricultura (Conseagri), Codevasf, ASA, Contag e Fetraf.

Nenhum comentário: