Secretários de agricultura dos
Estados do Nordeste e representantes do Governo Federal, além de organizações
sociais, reuniram-se, hoje (22/04), em Petrolina, para propor a construção de
um calendário de atividades com ações emergenciais e estruturantes de médio e
longo prazo que permitam uma melhor convivência com os efeitos da estiagem
prolongada, assim como definir as responsabilidades das diferentes instituições
nos seus diversos níveis.
Estiveram presentes à abertura do
Seminário da Embrapa Semiárido, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe
Vargas, o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura e
Pecuária, Neri Gueller e da Agricultura Familiar, Valter Bianchini, além do
secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos e o presidente do
Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Júlio Zoé de Brito.
Na abertura, Ranilson Ramos, propôs que seja elaborada uma agenda se, espaço
para adiamento, assegurando a emergência das intervenções ao atendimento
da população e do rebanho, sobretudo, as ações estruturantes. Para ele, as
ações devem seguir quatro etapas de implementação, a primeira delas a
renegociação das dívidas dos produtores rurais, com base na normativa que foi
anunciada recentemente pela presidente Dilma Rousseff. A segunda etapa a
criação de linhas de financiamentos que permitam a estruturação das
propriedades rurais. Só em Pernambuco, 51% das propriedades não têm a menor
infraestrutura.
A terceira etapa a ser assegurada é a
recuperação das pastagens, para, a partir daí, se chegar a quarta etapa que diz
respeito à recomposição dos rebanhos. Ranilson afirmou que, em momentos como
este, deve-se contar com tecnologias alternativas e citou as experiências de
sucesso implantadas, em Pernambuco, a exemplo do cultivo de milho forrageiro
irrigado para a produção de volumoso. “Também estamos investindo na prospecção de 2,5 mil hectares para a implantação
de áreas de irrigação comunitária, aproveitando o potencial que cada uma das
nossas microrregiões”.
Por fim, Ranilson falou da necessidade
de verticalizar as diretrizes previstas na Lei Estadual de Convivência com o
Semiárido, nº 14.922, de 4 abril de 2013, assegurando o comprometimento dos
governos em todas as suas esferas, desde a federal até a municipal.
O seminário reuniu, além de
representantes dos governos Federal e Estadual, da Confederação Nacional da
Agricultura (CNA), Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Assistência Técnica
e Extensão Rural (Asbraer), Conselho de Secretários Estaduais de Agricultura
(Conseagri), Codevasf, ASA, Contag e Fetraf.
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