Encontro
contará com quatro palestrantes internacionais
Com expectativa de reunir
600 participantes, será aberto, na manhã da próxima segunda-feira (22/04) e
prossegue até a próxima quarta-feira, no Mar Hotel, em Boa Viagem, o III
Congresso Nacional do Feijão-Caupi (Conac). Este ano, o tema central do
encontro é “O Feijão-Caupi como Alternativa Sustentável para os Sistemas
Produtivos Familiares e Empresariais”. São ao todo quatro palestrantes
internacionais e trinta nacionais, que abordarão as pesquisas realizadas nas
áreas de exigências nutricionais, doenças, ervas daninhas, fixação biológica de
nitrogênio, recursos genéticos, cultivares, melhoramento, biotecnologia,
biofortificação e processamento, abrangendo toda a cadeia produtiva.
De acordo com o
pesquisador, Antonio Felix, apesar de a maior parte da produção ainda estar
concentrada na agricultura familiar, percebe-se certo interesse dos grandes
produtores, que detêm maior poder aquisitivo e acesso a modernas tecnologias,
em contribuir para a expansão das fronteiras agrícolas das regiões Norte e
Nordeste, seus principais produtores, para o Centro-Oeste. “Devido à
importância da cultura do feijão-caupi, sua adaptação a climas adversos e a
qualidades nutricionais, é de grande importância a realização de um evento
periódico no Brasil, evidenciando o interesse crescente que este cultivo vem
despertando no mundo” destacou o presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito.
Para o secretário de
Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, Pernambuco tem uma posição
estratégica no cultivo de feijão-caupi na região, o que torno de grande
importância a realização de um evento dessa natureza no Estado. “É importante
estar atento às inovações tecnológicas e o intercâmbio de informações entre os
pesquisadores é, sem dúvida, um dois mecanismos mais eficientes de troca de
experiências em todas as cadeias produtivas, sobretudo às de exploração pela
agricultura familiar”, afirmou.
O Congresso Nacional de
Feijão-Caupi (Conac) acontece a cada três anos no Brasil e tem por finalidade o
intercâmbio de experiências no âmbito científico entre pesquisadores, técnicos,
estudantes, produtores rurais e consumidores, proporcionando informações
atualizadas à comunidade acadêmica e a todos que produzem ou que, de alguma
forma, estão ligados à cultura, de maneira a fortalecer cada vez mais os elos
da cadeia produtiva.
O feijão-caupi,
feijão-macassar ou feijão de corda, como também é conhecido, era explorado
utilizando sistemas de produção tradicionais, tendo um mercado restrito e
destinado à agricultura de subsistência. Entretanto, nos últimos anos, vem
adquirindo maior expressão econômica, devido, basicamente, à busca da população
por alimentos saudáveis, e também à ampliação da área de produção que
corresponde a 2/3 da produção de feijão do Nordeste e a 1/3 da produção
nacional.
Em 2011 foram colhidos
no Brasil aproximadamente 1,6 milhão de hectares, com produção de 822 mil
toneladas, média de 525 kg/ha. A maior produção concentra-se no Nordeste, com
84% da área plantada e 68% da produção nacional. A cultura do feijão-caupi
mantém a cada ano 1,2 milhão de empregos diretos.
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