Um velho problema, os mesmos questionamentos
e as novas soluções foram as temáticas da Audiência Pública ocorrida em
Arcoverde, nesta sexta-feira (5) tendo como mote o abastecimento de água na
Capital do Sertão.
Presentes a prefeita do município, Madalena
Britto (PTB), os deputados estaduais Júlio Cavalcanti (PTB) e Ângelo Ferreira
(PSB), o secretário estadual de Recursos Hídricos, Almir Cirilo; Fernando Lobo,
diretor da Compesa, os vereadores Luciano Pacheco, Eduíno Macambira, Célia
Cardoso, Luiza Margarida, Warley Amaral, Sg. Siqueira, Joel Freitas e Cleriane
Medeiros, além de representantes da sociedade civil organizada e a população.
Após 3 horas de debates, questionamentos e
propostas, pôde-se tirar de concreto da audiência vários encaminhamentos. Um deles
é a confirmação da construção da nova Adutora de Arcoverde, anunciada pelo
deputado Júlio Cavalcanti, que consumirá cerca de R$ 30 milhões e deverá ser
concluída num prazo de 8 meses. A previsão é que as obras comecem dentro de 90
dias.
Para
a prefeita Madalena Britto (PTB), é preciso que todos se unam em prol
do desenvolvimento de Arcoverde e busque soluções mais urgentes
possíveis já que a população vem sofrendo muito com a falta de água. Ela
também falou em estudos no sentido de se construir um novo reservatório
no município de forma a complementar o Riacho do Pau.
De imediato o secretário Almir Cirilo disse
que iria analisar a questão do Brejo de São José, área próxima a Arcoverde e
que também faz parte da bacia do Jatobá e poderia socorrer a cidade de forma
mais imediata já que a previsão é de que o abastecimento entre em colapso total
dentro de 3 meses.
Também ficou definido que o Governo do Estado
vai buscar coibir o “roubo” de água do reservatório do Riacho do Pau para
atender a plantios de tomate e até de capim, como também proibir
definitivamente a retirada de água do reservatório pela Odebrecht, que utiliza
a água que falta para a população nas obras da Transnordestina, segundo
denunciou o vereador Luciano Pacheco.
Num dos momentos da audiência, o secretário
Almir Cirilo foi questionado pela agricultora Simone, da associação de Serra
das Varas, que perguntou porque o governador Eduardo Campos não olhava mais
para os pequenos agricultores e não promovia a limpeza de barreiros e
barragens. Em tom forte, ela disse que os agricultores estavam esquecidos e
ameaçou impedir a chegada do governador ao Santuário da Divina Misericórdia
caso o governo não apresentasse uma solução para o problema dos agricultores de
sua região.
A audiência, positiva pela discussão do tema,
acabou descambando para as críticas políticas e voltadas para o tom eleitoral. Devido
a uma melhor condução e uma divisão de tempos para cada momento, perdeu a
oportunidade de formar uma comissão municipal para pensar o problema hoje,
amanhã e sempre, como bem falou o padre Cazuza, prefeito de Poção, e o deputado
Júlio Cavalcanti. (Arcoverde de todos)
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