Mais médicos
especialistas na rede estadual de Saúde. O governador Eduardo Campos
recepcionou, na manhã desta sexta-feira (1º/03), no Centro de
Convenções, a chegada de 669 novos residentes que vão ampliar os
atendimentos nos hospitais e unidades médicas credenciados ao SUS em
Pernambuco. Com os novos residentes, o Governo do Estado aumenta em 77% o
investimento na formação de especialistas na área de Saúde. Serão mais
de R$ 44 milhões investidos anualmente, enquanto, em 2007, eram R$ 22,6
milhões.
Em
seu discurso de boas-vindas, o governador sublinhou a necessidade de
reforçar o debate de financiamento da tabela do SUS, em um novo pacto
federativo pela saúde pública. “Há um subfinanciamento do SUS. A
situação de muitos municípios chegou a um limite. Fico à vontade para
falar em estipular um teto mínimo para investimentos em saúde, porque
Pernambuco ultrapassa e muito os 12% que determina a Emenda 29. Estamos
colocando entre 17% e 19%”, afirmou Eduardo, lançando mão de dados
comparativos no setor ao logo dos anos, quando, em 1985, a União
repassava 75% dos recursos e 25% cabiam aos Estados. Em 2010, esse
montante foi invertido, chegando a 55% da parte dos Estados e municípios
e 45% da União.
Aprovado
para residência de UTI, no Barão de Lucena, João Rodolfo Cavalcanti,
31, era só elogios para a política estadual de saúde. “Estou na minha
segunda especialização médica. E pude assistir, de dentro da rede, a
total transformação pela qual vem passando a saúde nas duas gestões de
Eduardo Campos. Vejo mudanças do teto ao chão, que vão desde a gestão a
chegada dos mais modernos equipamentos”, relatou o residente, para, em
seguida, completar: “Acompanho com muita empolgação esse efervescente
momento do nosso Estado”.
Os
especialistas vão atuar em 22 instituições. As unidades com maior
quantidade de vagas são os hospitais Getúlio Vargas (115), Barão de
Lucena (108) e Restauração (100). Do total de vagas ofertadas, 447 são
para médicos. Além da ampliação, serão implantados sete novos programas
em nove instituições, sendo quatro deles inéditos em Pernambuco
(neurologia pediátrica, medicina nuclear, patologia e medicina
paliativa). Ao todo, a rede de saúde pública passa a oferecer 40
especialidades e 23 áreas de atuação (sub-especialidades).
Os
programas da área médica com maior reforço foram o de cancerologia
clínica (de 02 para 08 – 300%); traumato-ortopedia (de 14 para 30 –
114%); anestesiologia (de 12 para 23 - 91%). “Ampliamos exatamente o
número de residência onde tínhamos maior carência e crise de mão de
obra. Depois dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, temos a maior
quantidade de residência do País. Há também uma expansão na direção do
Interior este ano. Estamos indo para Garanhuns, no Agreste, e Petrolina,
no Sertão, além da instalação de duas novas unidades de medicina: uma
em Garanhuns e outra em Serra Talhada”, citou Eduardo.
O
programa de residência ainda abre 222 vagas para enfermeiros,
dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
farmacêuticos, fonoaudiólogos, biomédicos, além de biólogos, assistentes
sociais, educadores físicos, nutricionistas e veterinários. A bolsa de
auxílio aos estudos para os residentes é de R$ 2.384,82, de acordo com o
estabelecido pelo Ministério da Educação para todo o Brasil. As
residências podem durar até cinco anos.
Para
o secretário de Saúde, Antônio Figueira, o serviço de saúde de
qualidade junto com a educação é a marca da gestão Eduardo Campos em
Pernambuco, que é reconhecido no cenário nacional como um dos maiores
polos formação de médicos. “Vocês fazem parte de 5% da população
brasileira com o privilégio de ter formação superior. Então, tenham um
gesto de gratidão com o povo brasileiro e façam desse conhecimento um
ato de sensibilidade”, cravou Figueira.
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