Mais um estímulo ao desenvolvimento da economia que mais cresce no país. Nesta quinta-feira (25), o governador Eduardo Campos inaugurou a Agência de Fomento do Estado de Pernambuco (Agefepe). O objetivo é facilitar o financiamento para micro, pequenos e médios empresários, produtores urbanos e rurais, e assim impulsionar e distribuir o crescimento do estado.
A agência vai trabalhar com financiamentos para capital de giro, investimento fixo e de microcrédito produtivo com taxas abaixo das praticadas no mercado. Os recursos são próprios ou de repasse de instituições financeiras nacionais e/ou internacionais e também podem ser utilizados para cursos de capacitação dos gestores e dos seus funcionários.
Após percorrer o prédio construído ao lado da quadra do Clube Português, na Av. Agamenon Magalhães, o governador falou da missão da Agefepe: “Essa agência é um instrumento importante de crédito, fundamental para a sobrevivência da empresa e também para o seu crescimento. Ela nasce pequena, com o poder de alavancar R$ 350 milhões, mas vai, até 2014, ultrapassar sim, a casa dos bilhões”, afirmou.
O empreendedor interessado em conseguir crédito já pode se cadastrar no endereço www.agefepe.pe.gov.br. Lá, ele preenche um formulário e espera por uma pré-análise que dura, em média, sete dias. Caso a linha de crédito seja pré-aprovada, o solicitante receberá uma ligação para comparecer à Agefepe munido dos documentos necessários.
O limite-teto do empréstimo pode ser calculado de duas maneiras: a primeira leva em consideração a capacidade de pagamento da pessoa jurídica resultante da equação entre receitas e despesas. Exemplo: uma empresa que fatura R$ 10 mil por mês e gasta R$ 7 mil desse valor, pode conseguir R$ 3 mil em crédito.
A outra estipula o percentual de 80% do valor dos contratos com as chamadas empresas integradoras. Se uma fábrica de fardamentos possui R$ 10 mil em contratos firmados com produtores de algodão, linhas e outros insumos, ela conseguirá um financiamento de até R$ 8 mil.
As operações-piloto da Agência estão voltadas para as áreas de fardamentos e roupas profissionais; leite e derivados; turismo com ênfase no serviço de táxi; produção de alimentos para fornecimento a escolas, hotéis, restaurantes e outras empresas; e financiamento a microempresas e empresas de pequeno porte fornecedoras de bens e serviços às prefeituras. “Faltava essa peça no tabuleiro do desenvolvimento de Pernambuco”, afirmou o secretário do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antônio Carlos Maranhão.
ESTRUTURA – A Agefepe é uma instituição financeira de economia mista, com controle majoritário do Governo do Estado. Regida pelas normas do Sistema Financeiro Nacional (SFN), recebeu autorização de funcionamento do Banco Central do Brasil (Bacen) em dezembro de 2010. A instituição preenche uma lacuna deixada pelo encerramento das atividades do Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe), em 1998.
Segundo o presidente Agnaldo Nunes, a Agefepe irá conceder créditos aos fornecedores pernambucanos que estejam “dentro de arranjos produtivos locais e das cadeias produtivas dos grandes empreendimentos estruturadores que chegam ao estado”. Ele adiantou ainda que a Agência já se prepara para oferecer financiamentos com taxas mais baixas e voltados para empreendedores sem experiência no mercado, mas com qualificação na área de atuação.
Para o senador Armando Monteiro Neto, a Agefepe nasce com um olhar sobre “essa legião de anônimos de micro e pequenos empreendedores”, algo esperado há tempos pelo empresariado. “O crédito foi historicamente a grande dificuldade para os pequenos negócios poderem prosperar no Brasil. Felizmente isso começa a mudar”, observou o senador, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
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