Em meio à crise financeira que preocupa o mundo, uma boa dose de otimismo com o atual momento da economia brasileira. Esse foi o tom do da palestra do ex-presidente Lula, que foi recebido pelo governador Eduardo Campos, na abertura da 31ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e Sweet Brasil International. O evento conta com a participação de atacadistas de todo o Brasil e acontece até a próxima quinta-feira (11) no Centro de Convenções, em Olinda.
Bastante cumprimentado desde sua chegada, Lula fez questão de posar para fotos com todos que pediram sua atenção. Além de Eduardo, o senador Armando Monteiro, o prefeito do Recife, João da Costa, e vários deputados federais e estaduais participaram da cerimônia de abertura da feira.
Em quase 1h, o ex-presidente falou de suas derrotas como candidato à presidência, de reforma tributária e política. Para Lula, há um conjunto de forças agindo para impedir a reformulação dos impostos no Brasil. “Mandei duas propostas de reforma tributária e nenhuma foi votada. Tem algum inimigo oculto no Congresso Nacional que não permite votar. Era tão unânime que pense que ia passar em meia hora”, e explicou: “Na cabeça de cada um há uma proposta, ninguém quer perder. É normal que seja assim, o grave é que as pessoas não têm discutido”, afirmou.
Já Eduardo aproveitou para defender as políticas de distribuição de renda e de acesso ao crédito, ações“importantes para se vencer a desigualdade no Brasil”. “O acesso ao crédito fez com que pudéssemos ter a demanda acontecendo em primeiro lugar no item de alimentos”, frisou o governador.
A inclusão de pessoas no mercado de consumo impulsionou a demanda principalmente por alimentos no Nordeste, região mais pobre do país. “As empresas de alimento que chegaram foi porque houve uma alteração no poder de compra. Em Pernambuco, saímos de um desemprego de 15.6% em dezembro de 2006 para 6.1% agora em junho, segundo o IBGE. Pela primeira vez na história, uma capital nordestina alcança uma taxa de desemprego menor do que a nacional”, observou Eduardo.
Lula ainda falou de sua parceria com o governador. “Quando Eduardo entrou, Pernambuco passou por uma revolução. Duvido que algum presidente tenha passado, em quatro anos, para Pernambuco o que passamos de dinheiro para cá”, contou, e brincou com as vezes que ouviu a pergunta: “por que tudo para Pernambuco? Porque um dia vou voltar a morar aqui e querer um emprego na indústria metalúrgica aqui no porto de Suape”.
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