Os
professores da rede municipal de
Paulista estão em estado de greve até a próxima quinta-feira (11/04)
como forma
de pressionar a Prefeitura a cumprir a Lei Nacional do Piso. Na data em a
paralisação de advertência chega ao fim, a categoria terá a 4ª rodada
de negociação com o órgão municipal para tentar chegar a um
acordo. “Caso não haja resultado favorável, vamos paralisar as
atividades no dia
seguinte”, garantiu Gilberto Sabino, presidente Sindicato dos
Professores da
Rede Municipal de Paulista (Sinprop).
A
deliberação do estado de greve foi definida em assembléia realizada nesta
quinta-feira (04/04). Com a paralisação em definitivo das atividades, cerca de 1.200
professores vão cruzar os braços. Com isso, mais de 20 mil alunos em 60
unidades de ensino vão ficar sem aula por tempo indeterminado. Além do Piso, os professores também reivindicam da
Secretaria de Educação do Município o 1/3 de aula atividade.
A comissão
formada por professores e representantes do Sindicato se reúne com os secretários
de Educação, Finanças e Administração, no próximo dia 11, às 8h, na Secretaria
de Educação. Na ocasião, a categoria também realiza ato público e apitaço em
frente à sede do órgão municipal. De lá, dependendo do resultado da reunião, os
professores devem sair em passeata até o Fórum do município para protocolar
ação judicial contra a Prefeitura de Paulista.
Na
última rodada de negociação,
realizada no dia 03/04, o secretário de Educação, Valdek Santos, propôs
8% de
reajuste, porém a categoria não concordou com o valor. “Os professores
querem o
piso salarial e, em cima dele, a gratificação. Não a incorporação como a
Prefeitura está indevidamente fazendo. Nas reuniões, o secretário de
Educação
diz que a arrecadação do município diminuiu, mas não nos mostra números,
nem
tampouco diz quanto o cumprimento da Lei do Piso vai impactar na folha
do município”,
destacou Sabino.
REMUNERAÇÃO
- O salário base do
professorado de Paulista com 200 horas/aula sem gratificação corresponde ao
valor de R$ 908,00. Entretanto, para alcançar o valor do Piso, a prefeitura
acrescenta 60% de gratificação para que no contracheque dos profissionais conste
o valor total de R$ 1.452,80. A quantia, entretanto, ainda não chega ao valor determinado na Lei do Piso, que é de R$ 1.567,00.
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