A data é lembrada em todo o País. Em
Pernambuco, o encontro reuniu historiadores, representantes do comitê
da Memória e da Justiça, anistiados políticos e
estudantes
“Os sonhos continuam os mesmos, apesar do passar
dos tempos, eu sou uma eterna militante, sempre insatisfeita, sempre
lutando por dias melhores”. Foi com essa palavras que Laura Gomes,
secretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos
Humanos, abriu hoje o Seminário "Marcas da Memória:
49 Anos do Golpe Civil Militar no Brasil”, que aconteceu no
auditório do Centro Universitário Maurício de
Nassau. O evento teve como objetivo mostrar um resgate da época
de luta pela democracia e um novo mecanismo de reparação
às vítimas: a Clínica do Testemunho.
O projeto, que é do Governo Federal, visa
realizar atendimento psicológico aos anistiados do período
militar no Brasil. O secretário executivo de Justiça e
Direitos Humanos do estado, Paulo Moraes, responsável pelo
seminário, e a coordenadora Centro Estadual de Apoio as
Vítimas de Violência (CEAV), Tádzia Negromonte
apresentaram detalhes sobre este serviço, que além de
Pernambuco, está sendo implantado no Rio de Janeiro, São
Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo Tádzia, Pernambuco é
o único em que o serviço será executado com
recursos estaduais, por intermédio da SEDSDH. Nos outros
estados, há uma parceria do governo federal com organizações
não governamentais.
O Seminário “Marcas da Memória”
contou com as presenças do membro da Comissão da
Memória e da Verdade - Dom Hélder Câmara,
Henrique Mariano; do advogado e militante de Direitos Humanos,
Marcelo Santa Cruz; da historiadora e professora da UFPE, Marcília
Gama; da professora e pesquisadora do Núcleo de Diversidade e
Identidades Sociais, da UFPE, Maria Lana; do coordenador executivo do
Gajop, Rodrigo Deodato; do membro do Memorial da Democracia de
Pernambuco, Irageu Ferreira Fonseca; e da secretária executiva
de Direitos Humanos da cidade do Recife, Elizabete Godinho.
No hall do auditório, acontece também
uma exposição sobre a
trajetória de
vida e a obra do ex-deputado, Rubens Paiva, desaparecido em 1971
durante o regime militar. A mostra conta
com 10 painéis de fotos e documentários.
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